top of page

Feminismo negro: interseccionalidade e ação

Professora: 

 

Djamila Ribeiro

Graduada em Filosofia pela Universidade Federal de SP - Unifesp; Mestranda em Filosofia Política pela mesma universidade e colunista do Escritório Feminista da Carta Capital. Trabalha atualmente com os seguintes temas: Teoria feminista, filosofia política, relações raciais e de gênero.

 

O conceito de interseccionalidade foi cunhado por feministas negras e ganhou destaque quando Kimberle Crenshaw o utilizou em sua pesquisa denominada “Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory, and Antiracist Politics”. Esse conceito é importante porque não dá primazia em relação a uma opressão, mostrando que as opressões são subordinadas às mesmas estruturas e é necessário não hierarquizá-las.

 

O feminismo negro ganha força nos Estados Unidos a partir da década de 70 com a produção intelectual de feministas negras. Nessas produções, denunciam a invisibilidade das mulheres negras como sujeitos do feminismo, no Brasil, a partir da década de 80.  De acordo com Hooks, mulheres negras e brancas compartilham a luta contra o sexismo. O pessoal não se sobrepõe ao político, como muitos interpretam a máxima “o pessoal é político”, mas o pessoal é ponto de partida para conectar politização e transformação da consciência, isto é, ler criticamente a experiência de opressão das mulheres. A conexão teoria e prática é uma das dimensões importante do feminismo negro; considera que o aprofundamento do pensamento também é mediado pela militância, e que a inter- relação entre ambas é parte importante no desenvolvimento do pensamento feminista negro, além de também pontuar a sua própria condição de mulher negra como elemento importante para o desenvolvimento de suas idéias. (BARRETO, 2005). 

 

O feminismo negro nos ensina que existem várias mulheres, pontos de partidas, mulheres com especificidades e que carregam diferentes intersecções, vão contra essa tentação de universalidade que exclui.

 

Para o feminismo negro é necessário um diálogo com as assimetrias históricas e reivindicar um diálogo que corrija essas assimetrias por meio de uma práxis. É muito importante a produção acadêmica e novas construções de pensamentos sob a perspectiva das não identidades, porém é necessário perceber que há uma sujeição.

 

 

 

Carga horaria: 18h

Horário: 19h30 às 22h30

Dia da semana: Quinta-feira

Datas: 21/05, 28/05, 11/06, 18/06, 25/06 e 02/07

Vagas: 20 

 

Valor*: 

R$ 180,00 (à vista em dinheiro ou depósito bancário**)

R$ 198,00 (à vista ou parcelado no cartão em até 2x)

 

Conta corrente:

Banco do Brasil

Agência: 0322-0

Conta: 200.283-3

CNPJ: 20.825.198/0001-50

 

* Após a compra é preciso preencher a ficha de inscrição

** Apresentar comprovante

 

bottom of page