Eixos de trabalho

Novas direções do pensamento

Nesta linha, procuramos recuperar as fontes filosóficas que mais contribuições trouxeram para as práticas emancipatórias. A partir de uma abordagem ampla, as discussões giram em torno das questões de economia política, psicanálise, teoria crítica, marxismo, esquizoanálise e outras tantas correntes de pensamento que auxiliem nas discussões sobre a conjuntura em que vivemos.

 

Feminismos

O eixo Feminismos do Espaço Inanna Educação pretende ser um espaço de discussão sobre as formas e tendências que os diversos feminismos tomaram nas últimas décadas. Pretendemos discutir e refletir sobre as principais propostas teóricas que procuram explicar porque e como as diferenças biológicas entre os sexos se constroem social e culturalmente como uma dimensão fundamental da desigualdade social. Buscamos colocar em questão: as diferenças entre os sexos/gêneros e a subordinação das mulheres; os processos de transformação das relações de gênero; os espaços públicos e privados como reprodutores das identidades de gênero.

 

Abordaremos estas questões a partir da crítica feminista proveniente de tradições disciplinares diversas (filosóficas, antropológicas, sociológicas, históricas, literárias), mas que coincidem em reivindicar a historicidade das construções socioculturais e a diversidade das experiências dos gêneros devido às diferenças de classe, étnicas, raciais e de orientação sexual. Entretanto, para além da história do feminismo ou da discussão das várias teorias existentes, pretendemos enfocar os cursos a partir de uma perspectiva política radical, apontando as lógicas profundas que o feminismo transformou e que reconfiguraram a prática e o pensamento político.

 

Pós-colonialismo

Esta linha pretende discutir de que modo o pós-colonial habita as universidades latino-americanas entre outros espaços de criação de pensamento em outras latitudes. Buscamos debater sobre a tensão entre o pós-colonial no sentindo de explicitar a tensão entre a superação do colonialismo e a persistência da colonialidade que regula tanto as identidades sexo/genéricas quanto as raciais e políticas.

 

Políticas, cultura e corpo

Nessa linha buscamos discutir as principais contribuições que a partir dos estudos feministas e de gênero e os estudos sobre sexualidade e diferenças foram realizadas em torna da questão do Estado moderno, a política pública e a cidadania. As pesquisas buscarão analisar as concepções de gênero e sexualidade, bem como os mecanismos de controle sobre os corpos, que produzem e reproduzem diferenças e desigualdades e estão implícitas em categorias e conceitos do debate dominante.

 

Pretende-se repensar as concepções de Estado; questionar o ideal de cidadania universal; refletir sobre as políticas públicas como espaço para a incorporação da categoria gênero, da liberdade de orientação sexual e identidade de gênero. Interessa a esta linha aprofundar os questionamentos sobre a noção de homem econômico como único protagonista da esfera pública e que reduz a atuação das mulheres ao âmbito privado, bem como as categorias heteronormativas que sustentam as discriminações e desigualdades a todos os sujeitos não masculinos.